Leitura colaborativa: como usar essa prática como ferramenta pedagógica?
A leitura colaborativa é uma estratégia que possui a capacidade de favorecer o desenvolvimento da compreensão leitora dos alunos em sala de aula. Por esse motivo, é uma prática muito utilizada pela maioria dos professores.
Ainda não utiliza desse método em suas aulas? Leia a matéria e veja como a leitura compartilhada pode ter grandes resultados nas habilidades leitoras de seus alunos!
Antes de tudo, o que é leitura colaborativa?
A leitura compartilhada ou colaborativa trata-se de uma atividade em que os alunos estudam determinado texto de forma conjunta e com a mediação do professor.
O objetivo da atividade não é, necessariamente, ensinar um conteúdo em específico, mas sim demonstrar aos estudantes o processo necessário para decifrar o que está escrito e compreender, da forma correta, as ideias e intenções do autor em questão. Contudo, a aprendizagem do conteúdo acontece, invariavelmente.
Qual é a importância de se incentivar a leitura colaborativa?
Como já foi explicado, a atividade não foca na produção, mas sim no processo. Por esse motivo, o conteúdo explorado é aprópria leitura e sua prática contínua contribui para melhorar as habilidades dos estudantes nesse quesito.
Por mais simples que possa parecer, a leitura colaborativa compartilhada possui o papel de ensinar o aluno a ler. Porém, não é só colocar cada aluno para ler um livro no seu próprio canto. Se fosse dessa maneira, cada um poderia fazê-lo em suas casas. Na leitura colaborativa em sala de aula, o professor mostra quais são as estratégias para que o entendimento do texto seja o melhor possível, orientando e corrigindo os estudantes, sempre que necessário.
Essa técnica pode ser utilizada desde o processo de alfabetização ao ensino superior. Nesse ultimo contexto, o objetivo é compartilhar interpretações e visões de mundo para a produção do conhecimento.Ouvir a opinião dos outros é sempre construtivo.
Qual é o papel do professor durante a leitura colaborativa?
O professor é fundamental para o sucesso da atividade de leitura colaborativa. A sua mediação deve ser realizada de forma consciente e a fim de orientar para que os alunos atinjam os objetivos que foram propostos pela atividade.
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Leitura de Livros:
É preciso que o professor, durante a leitura, amplie a visão dos estudantes quanto ao contexto necessário para que se entenda a obra. Se for um livro de história, por exemplo, o mestre deve familiarizar os alunos com as características do período citado, com o estilo do autor em questão e outras referências que facilitem a interpretação da obra. Essa estrutura pode ser utilizada do 9º ano à universidade
No ensino básico, sugerimos que comecem analisando a capa e que perguntem aos alunos sobre o que eles acreditam que o livro trata. Estimule a imaginação. Mostre a estrutura do livro desde a parte física ao conteúdo.
Em ambos os contextos, faça um inicio bem interessante para que eles queiram começar a atividade. Planifique bem esse momento pois elevai definir como será o envolvimento.
Na leitura compartilhada e colaborativa, o significado obtido através do texto é ampliado. Cada aluno pode compartilhar a sua interpretação e aprimorar as suas ideias com base no que cada um percebeu.
Outras Leituras:
Não são só livros que podem ser utilizados no processo. Leis, artigos científicos, textos de jornais e matérias em sites também podem ajudar no entendimento das questões propostas, já que possuem fotografias, gráficos, tabelas, linhas do tempo, dentre outros.
Nesse caso, faça uma introdução sobre a melhor forma de estudar um material como esse. Se possível, desenhe um método ou estabeleça umas perguntas guias.
Nesse sentido, o professor deve ser o agente que, com a sua intervenção já planificada, promove essa troca de informações e experiências e acrescenta o que achar necessário para tornar a atividade mais enriquecedora do ponto de vista pessoal– porque ensinará os estudantes a visualizar e entender diferentes pontos de vista – e do educacional, oferecendo uma forma interativa de entender o conteúdo.
Como trabalhar leitura colaborativa?
Para garantir que o plano de aula sobre leitura colaborativa seja bem-sucedido e proveitoso, existem algumas dicas que devem ser levadas em consideração. Confira:
· Procure planificar de forma cuidadosa a atividade
O texto a ser trabalhado e as perguntas que você fará devem ser planificadas com antecedência, de acordo com o objetivo estabelecido para aquela atividade. Se o planeamento for o de mostrar aos alunos, por exemplo, a importância de alguma lei, você deve estar preparado(a) para perguntar e conduzir a leitura e o debate até que os alunos cheguem à conclusão.
· Crie um clima que proporcione confiança aos participantes
Como já foi comentado, cada pessoa entende um texto de maneira diferente, nem sempre sendo da forma mais completa. O compartilhamento de cada ponto de vista é essencial para que o grupo possua um entendimento mais amplo sobre o assunto. Mas, para que isso possa acontecer, você deve proporcionar aos alunos um ambiente do qual eles se sintam seguros para fazer a leitura e para expressar suas ideias, sem temer por julgamentos.
· Planeie pausas estratégicas
As pausas devem criadas de forma a permitir que cada aluno tenha oportunidade de falar sobre o que leu.
A leitura deve ser retomada e/ou interrompida em momentos cruciais para o alcance do objetivo. Cada pausa deve ser acompanhada de uma série de perguntas já estipuladas para provocar a reflexão sobre o tema e o seu debate. As perguntas poderão ser respondidas, individualmente ou em grupos.
Este processo permite que os estudantes façam deduções sobre o texto e prestem atenção a detalhes que acabariam passando despercebidos se a leitura fosse individualizada.
· Mude a organização da turma
Em alguns momentos da aula, deixe cada aluno em sua carteira, em outros, podem-se juntar-se dois a dois para realizarem alguma tarefa relacionada com a leitura. Se possível, lance um desafio ou faça atividades que exijam movimento e criatividade. Pode ainda pedir que se organizem em grupos para debater ou esclarecer algum ponto conflituoso ou de maior dúvida, por exemplo.